Thinkpad e problemas de temperatura

132111705_624Há algum tempo atrás meu notebook (Thinkpad X201) contava com um disco rígido tradicional de 320Gb e 5400rpm. Desde que troquei-o por um disco SSD tive um enorme ganho de performance, foi uma troca que valeu muito o investimento.

Porém, agora quando eu preciso realizar algumas tarefas mais intensas e que demandam mais acessos a disco, passei a ter algumas dificuldades com a temperatura do meu notebook (que chegou a desligar diversas vezes).
Não que o SSD seja “culpado” pelo excesso de aquecimento, mas acho que o disco anterior era lento demais e, ao trocá-lo, passei a ter um disco que consegue responder melhor às minhas necessidades técnicas de processamento. Mas é claro que isso acaba por gerar outras externalidades, como o aquecimento excessivo.

Ao tentar pesquisa e entender melhor o problema, descobri que diversos notebooks da Lenovo, linha Thinkpad, possuem algumas dificuldades com o kernel Linux no que se refere a “gerenciamento de temperatura” (na verdade o problema é com o controle da “ventoinha” [fan]). O problema é que o “driver” responsável por aumentar e diminuir a velocidade da ventoinha não funciona muito bem, e ela fica “estagnada” numa determinada velocidade (por volta das 3500rpm).

Para alguém que mora num país nórdico isso não deve ser problema, mas para alguém que mora num país tropical isso começa a ser relevante. Nas últimas vezes que fui fazer importações e análises de grandes volumes de informações no projeto Radar Parlamentar sem usar os artifícios relatados abaixo meu notebook atingiu a temperatura limite de 95°C e desligou.

Enfim, como a comunidade é grande e colaborativa, encontrei uma solução para o problema e relatarei ela abaixo, de acordo com o que funcionou para mim. =)

Solução

A solução é basicamente instalar um programa que nos permitirá ter acesso às “configurações da ventoinha e montar alguns scripts para facilitar as alterações e configurações da mesma de acordo com o que quisermos.

Passo 1: Instalar o programa thinkfan
O Thinkfan pode ser encontrado por padrão nos repositórios do Ubuntu/Debian, então sua instalação é muito simples e requer apenas que você abra o terminal/console e digite o comando:

sudo apt-get install -y thinkfan

Passo 2: Configurar o thinkfanEm seguida precisamos configurar o thinkfan, adicionando “options thinkpad_acpi fan_control=1” ao arquivo de configuração (/etc/modprobe.d/thinkfan.conf). Para tanto, você pode usar um editor de texto qualquer ou executar no terminal o seguinte comando:

echo "options thinkpad_acpi fan_control=1" | sudo tee /etc/modprobe.d/thinkfan.conf

Lembre-se apenas que este comando deve ser executado por um usuário com poderes de “sudo”.

Passo 3: Habilitando o módulo do thinkfan
Agora iremos habilitar os módulos instalados e configurados para que eles possam fazer seu trabalho:

sudo modprobe -rv thinkpad_acpi
sudo modprobe -v thinkpad_acpi

Passo 4: Setando o thinkfan para iniciar automaticamente
Agora, obviamente queremos que o thinkfan seja iniciado sempre que o computador seja ligado. Para isso vamos abrir o arquivo /etc/default/thinkfan e adicionar nele (ou descomentar) a configuração START=yes. Para abrir o arquivo utilizaremos o comando:

gksudo gedit /etc/default/thinkfan

Agora, com o arquivo aberto, caso a linha “START=yes” existe, mas esteja comentada (com um # na frente) basta remover o #. Caso ela não existe, basta adicionar uma linha com “START=yes“. Salve e feche o arquivo.

Passo 5: Iniciar o programa thinkfan
Para iniciar o thinkfan basta executar:

sudo service thinkfan start

Agora seu thinkfan está instalado e funcionando, o que lhe permite ter mais controle sobre a ventoinha de seu notebook.

Scripts de uso diário

Com o thinkfan instalado e funcionando, eu criei 4 scripts relativo à questão de temperatura para facilitar minha vida. 2 deles são relativos a “acompanhamento” e dois deles são relativos a “modificações”. Eles são super simples, mas é só para não precisar lembrar dos comandos… Estou colocando-os em anexo a este post: thinkfap_thermal.tar

O primeiro deles é o “check_fan.sh“, cujo objetivo é apenas verificar qual a configuração e velocidade atual da ventoinha. Seu conteúdo é:

#!/bin/bash
cat /proc/acpi/ibm/fan

O segundo deles é o “check_temp.sh“, cujo objetivo é verificar a temperatura atual do processador:

#!/bin/bash
cat /proc/acpi/ibm/thermal

O terceiro é o “fan_auto_speed.sh“, que configura a ventoinha para funcionar de forma “automática” (padrão) – atenção, eu não confio muito nesse automático para “casos extremos!

#!/bin/bash
echo level auto | tee /proc/acpi/ibm/fan

O último deles é o “fan_full_speed.sh“, cujo objetivo é configurar a ventoinha para funcionar em velocidade máxima (isso aumenta o barulho do notebook):

#!/bin/bash
echo level disengaged > /proc/acpi/ibm/fan

Os dois primeiros scripts, de verificação, podem ser executados por qualquer usuário. Já os dois de modificação precisam ser executados usando o comando “sudo”.

Para o funcionamento “automático” do thinkfan existe um arquivo de configuração que define qual o “nível” de velocidade de acordo com a temperatura do processador. Este arquivo é o “/etc/thinkfan.conf“.

Eu encontrei diversas sugestões de como modificar os parâmetros dele, mas não tive muito tempo de testar, por enquanto estou alternando entre “full” e “auto” quando preciso (via linha de comando mesmo).

Mas eu acho que vale ler as referências que coloquei abaixo e tentar encontrar o que melhor se adequa às suas necessidades.

Espero ter ajudado. =)

Referências

http://overtag.dk/wordpress/2012/03/to-all-my-thinkpad-friends-running-linux/comment-page-1/#comment-27318

http://ubuntuforums.org/showthread.php?p=10866947#post10866947

http://thinkwiki.de/Thinkfan#Keine_Funktion_auf_X220.2C_T420.2C_L420_mit_Ubuntu_11.04_.2F_Kernel_2.6.38

http://en.usenet.digipedia.org/thread/18716/39767/

https://bugs.launchpad.net/ubuntu/+source/linux/+bug/751689?comments=all

http://ubuntuforums.org/showthread.php?t=836958

UbuntuGnome 12.10 – Instalação e Otimizações

Neste post relatarei uma instalação do Ubuntu com a interface GNOME 3 (ou Gnome Shell) e também uma série de configurações, personalizações e afins para melhorar o desempenho do mesmo.

O equipamento que receberá esta instalação será um Notebook Lenovo Thinkpad X201 com a seguinte configuração:

  • Processador Intel Core i7 M620
  • 2 x 2Gb DDR3 1066MHz
  • HD SSD OCZ Vertex4 128Gb

Instalação Básica

A instalação será uma “instalação limpa”, realizada a partir da imagem ISO 64bits contida neste link: https://wiki.ubuntu.com/UbuntuGNOME/ReleaseNotes/12.10. (download direto via torrent). A partir desta versão do Ubuntu ele não mais cabe num CD, portanto você deverá criar um “DVD de boot” ou um “PenDrive de boot” – recomendo o pendrive.
O idioma de instalação será “Português Brasil”. Durante o processo de instalação as opções “Baixar atualizações enquanto instala” e “Instalar esse programa de terceiros” serão selecionadas.
Em seguida serão configuradas as partições do disco. Esta será a única parte mais “manual” da instalação básica do Sistema Operacional. Ou seja, utilizaremos a “opção avançada” – Este passo não é necessário, caso não se sinta à vontade deixe que o próprio ubuntu cuide deste processo de instalação, principalmente se você estive instalando em “dual-boot”.
Seguindo no processo, teremos 3 partições:

  • SWAP (4Gb)
  • / (Sistema Operacional – 30Gb)
  • /home (Partição de dados pessoais – restante do disco)

Após a configuração das partições continue seguindo o passo a passo da instalação até que ela termine e o sistema seja reiniciado.
Assim que o sistema for reiniciado a primeira ação a ser tomada é fazer a atualização do sistema operacional, para garantir que todos os pacotes estão atualizados corretamente.
Para fazer essa verificação via interface gráfica são necessários os seguintes passos:

  1. Pressione a “tecla windows”;
  2. digite “programa” e selecione abra o programa;
  3. Em seguida, na barra superior ao lado esquerda, clique com o botão direito do mouse aonde está escrito “Programa” e selecione “Verificar Atualizações“;
  4. O sistema irá buscar as novas atualizações e baixá-las. Agora basta você clicar no botão “Instalar atualizações” no canto inferior direito da janela de atualizações. Ao final do processo será solicitado a você que reinicialize o sistema operacional.

Neste momento, desde o fim da tela da bios até aparecer a tela que pede a senha do usuário para login no sistema o tempo de boot estava em 10 segundos.

Agora iniciaremos nossas personalizações para melhorar a performance do Sistema Operacional.

Boot

Primeiramente iremos configurar o “grub” (gerenciado de boot) para melhorar a performance:
Abra o console (ou terminal) usando a combinação de teclas ctrl + alt + T

sudo gedit /etc/default/grub

Será solicitada a sua senha de usuário, digite-a e pressione Enter. Esta linha de comando irá abrir o arquivo “grub” da pasta “/etc/default” no editor de texto “gedit”. Atenção, no terminal ao se digitar a senha nenhuma informação sobre a senha é mostrada na tela. Na janela que for aberta procure a opção “GRUB_TIMEOUT=” e altere o valor para 0 (zero):

GRUB_TIMEOUT=0

Salve e feche o arquivo. Agora volte ao terminal e digite o seguinte comando:

sudo update-grub

Este comando irá atualizar o grub com as configurações que alteramos. Após esta alteração o grub não será mostrado, a não ser que você inicie o computador pressionando a tecla SHIFT.

Antes de efetuar novas melhorias de desempenho, vamos instalar alguns programas para facilitar “a vida”. Só lembrando que estas são opções que eu costumo usar em meus computadores, mas não são necessárias.

Na linha de comando digite o seguinte:

sudo apt-get install vim aptitude terminator software-center

Explicando a linha acima: o “apt-get” é o programa padrão do debian (e consequentemente do ubuntu) para gerenciamento de programas, pacotes e instalações. Passamos para ele o parâmetro installe em seguinda o que queremos instalar. Os programas que instalaremos são:

  • vim – editor de texto de linha de comando MUITO poderoso e personalizável.
  • aptitude – tem a mesma função do apt-get, mas sua usabilidade na linha de comando é um pouquinho maior em alguns casos.
  • terminator – Programa para acessar o terminal/console pela interface gráfica, mais poderoso que o padrão do ubuntu (que aparece ao se teclar CTRL+ALT+T).
  • software-center – Programa de interface gráfica com mesmo objetivo que o apt-gete o aptitude que sempre foi usado no ubuntu (mas não vem por padrão nesta versão – o famoso “Central de Programas do Ubuntu”).

Outras opções para melhoria de desempenho

Ref: http://www.upubuntu.com/2012/06/11-tips-to-speed-up-computers-running.html

Os itens do tutorial acima que serão realizados agora são:

  1. Instalação do Preload;
  2. Instalação do ZRam;
  3. Usando TMPFS para reduzir Escrita/Leitura em disco;

Para instalar o preload basta a seguinte linha de comando:

sudo apt-get install preload

Reduzindo escrita no disco conseguimos reduzir a paginação no mesmo, e isso em geral nos leva a uma melhora do desempenho, principalmente para quem tem “discos rígidos”, em contraposição aos SSDs. Para tanto, utilizaremos uma técnica de compactação dos arquivos de swap com o software “zram”. Para tanto, basta a linha de comando abaixo:

sudo apt-get install zram-config

Outra forma de melhorar o desempenho é jogar os diretóriso “/tmp” e “/var/log” para a memória, ao invés de jogá-lo no disco rídigo. Para tanto vamos editar o arquivo “/etc/fstab” com o comando:

sudo gedit /etc/fstab

Neste, adicione o seguinte conteúdo no final do arquivo:

# Modification for SSD
tmpfs      /tmp        tmpfs      defaults,noatime,mode=1777   0    0
tmpfs      /var/log    tmpfs      defaults,noatime             0    0

Atenção, a última linha do código acima irá colocar todos os “logs” do sistema operacional na memória, o que fará com que eles sejam perdidos ao se desligar ou reiniciar o computador. Isso pode vir a causar algumas falhas, ou dificultar encontrar erros do Sistema Operacional. Assim essa linha pode ser ignorada, caso não se sinta seguro-a.

Instalando o Nautilus 3.6

O gerenciador de arquivos padrão utilizado é o Nautilus, mas a versão padrão do ubuntu 12.10 é a 3.4, enquanto no momento a mais atual é a 3.6. Para fazer a atualização utilizaremos os comandos abaixo:

sudo add-apt-repository ppa:gnome3-team/gnome3
sudo aptitude update
sudo aptitude safe-upgrade

Agora iremos configurar os botões “fechar, maximizar e minimizar” do Nautilus. Para tanto, pressione a “tecla windows” e digite dconf , teclando enter em seguida. Na janela que se abrir, procure, do lado esquerdo, ” org > gnome > shell > overrides “. Ao clicar em “overrides” selecione a opção “button-layout” na janela da direita.
O valor padrão é ” :close ” e iremos trocá-lo, usando um duplo clique, por ” close,minimize,maximize: “.

Outros Softwares

Iremos agora instalar outros softwares importantes que não são instalados por padrão mas são muito utilizados:

sudo aptitude install firefox firefox-gnome-support chromium-browser chromium-codecs-ffmpeg chromium-codecs-ffmpeg-extra libreoffice libreoffice-gnome libreoffice-pdfimport gimp gimp-data gimp-data-extras inkscape gimp-ufraw

sudo echo "deb http://download.virtualbox.org/virtualbox/debian $(lsb_release -sc) contrib" | sudo tee /etc/apt/sources.list.d/virtualbox.list

wget -q http://download.virtualbox.org/virtualbox/debian/oracle_vbox.asc -O- | sudo apt-key add -

sudo apt-get update

sudo apt-get install virtualbox-4.2

Otimização para SSDs

Seguindo a referência abaixo faremos algumas otimizações relativas ao disco SSD

Ref: https://sites.google.com/site/easylinuxtipsproject/ssd

Outras Referências:

https://sites.google.com/site/easylinuxtipsproject/tips#TOC-Want-more-

https://sites.google.com/site/easylinuxtipsproject/bugs#TOC-Software-Updater-and-Software-Center-malfunction

http://www.webupd8.org/2012/10/how-to-install-nautilus-36-or-patched.html

Não usada:
http://debianhelp.wordpress.com/2012/09/30/to-do-list-after-installing-ubuntu-12-10-aka-quantal-quetzal/

Instalando multifuncional Canon Pixma MP250 no Ubuntu 9.10

Canon mp250 foto

Informações Iniciais

Equipamento:

Multifuncional (Scanner + Copiadora + Impressora) Canon PIXMA MP250, distribuída pela ELGIN, comprada no Brasil.

Sistema Operacional:

Ubuntu 10.04 32 bits
Kernel Linux 2.6.32-25-generic #44-Ubuntu SMP Fri Sep 17 20:26:08 UTC 2010 i686 GNU/Linux

Drivers

O driver para sistemas GNU/Linux desta multifuncional não foi encontrado no site brasileiro e nem no “site oficial” (EUA). Mas o mesmo foi encontrado no site Australiano da marca.
http://support-au.canon.com.au/P/search?model=PIXMA+MP250&menu=download&filter=0&tagname=g_os&g_os=Linux
Neste link é possível encontrar os drivers para impressora e scanner. Lá estão disponíveis os Sources (códigos fonte) dos drivers, além dos drivers empacotados para sistemas Debian (.deb – debian package) e Red Hat (.rpm – Red Hat package).
A versão dos drivers disponíveis no momento em que este tutorial foi escrito são:

Processo de Instalação

* NÃO CONECTE A IMPRESSORA AINDA, PRIMEIRO VAMOS INSTALAR OS DRIVERS.

  1. Impressora

    Faça o download do driver da impressora (MP250 series IJ Printer Driver).
    Você fará o download de um arquivo compactado no formato .tar.gz . Ao descompactá-lo, você encontrará um arquivo install.sh e duas pastas packages e resources.
    Dentro da pasta packages você encontrará quatro arquivos:

    • cnijfilter-common_3.40-1_amd64.deb
    • cnijfilter-common_3.40-1_i386.deb
    • cnijfilter-mp250series_3.40-1_amd64.deb
    • cnijfilter-mp250series_3.40-1_i386.deb

    Clique duas vezes sobre o arquivo cnijfilter-common_3.40-1_i386.deb para instalá-lo, ao clicar será aberta a tela do instalador automático. Em seguida instale, seguindo o mesmo procedimento, o arquivo cnijfilter-mp250series_3.40-1_i386.deb .
    Agora conecte a impressora, desligada, no computador e ligue-a em seguida. O Ubuntu irá reconhecer sua impressora automaticamente e configurá-la. Em poucos segundos ela estará pronta para ser utilizada.

  2. Scanner

    O procedimento para instalação do scanner será um pouco mais elaborado, vai exigir algumas configurações a mais. Mas vamos detalhar todo o procedimento abaixo, então vamos com calma!

    1. Instalando o driver do scanner
    2. Faça o download do driver do scanner (MP250 series ScanGear).
      Você fará o download de um arquivo compactado no formato .tar.gz . Ao descompactá-lo, você encontrará um arquivo install.sh e duas pastas packages e resources.
      Dentro da pasta packages você encontrará quatro arquivos:

      • scangearmp-common_1.60-1_amd64.deb
      • scangearmp-common_1.60-1_i386.deb
      • scangearmp-mp250series_1.60-1_amd64.deb
      • scangearmp-mp250series_1.60-1_i386.deb

      Clique duas vezes sobre o arquivo scangearmp-common_1.60-1_i386.deb para instalá-lo, ao clicar será aberta a tela do instalador automático. Em seguida instale, seguindo o mesmo procedimento, o arquivo scangearmp-mp250series_1.60-1_i386.deb .

    3. Instalando o software Sane, que será o responsável no sistema por escanear os arquivos.

      É aqui que a coisa fica um pouco mais trabalhosa. Este processo será efetuado no terminal (console) de seu sistema. Para abrir o terminal vá em Aplicativos > Acessórios > Terminal . Um outro modo é utilizar o atalho de teclado: Ctrl + Alt + T
      Cada linha em destaque será um comando, para executá-la tecle enter ao fim da digitação.
      Primeiro instalamos alguns pacotes necessários para o sistema configurar o que deve:
      sudo apt-get install -y libusb-dev build-essential git-core
      Em seguida faremos o download da versão mais atualizada do programa sane-backend:
      git clone git://git.debian.org/sane/sane-backends.git
      Ao fim do download entre na pasta aonde o download foi realizado:
      cd sane-backends
      Agora iremos configurar o que deverá ser instalado:
      ./configure –prefix=/usr –sysconfdir=/etc –localstatedir=/var
      Atenção, na linha acima antes de prefix, sysconfdir e localstatedir o símbolo utilizado é  – – (menos menos, sem espaço entre eles)
      Agora, após configurar, vamos gerar o instalados:
      make
      Agora que o instalador foi gerado, instalemos o programa:
      sudo make install
      Agora falta apenas acertarmos algumas permissões de alguns arquivos. Para tanto, abra o editor de texto (gedit) pelo terminal, como super usuário:
      sudo gedit
      Agora que o editor de texto está aberto, copie as linhas abaixo dentro dele:
      SUBSYSTEM==”usb”,ENV{DEVTYPE}==”usb_device”,MODE:=”0666″,GROUP:=”saned
      SUBSYSTEM==”usb_device”,MODE:=”0666″,GROUP:=”saned
      Salve este arquivo na seguinte pasta /etc/udev/rules.d/ com o nome 40-scanner-permissions.rules
      Agora seu scanner deve estar instalado e pronto para funcionar.

Se tiverem algum problema e/ou dificuldade podem perguntar abaixo!!

Espero ter ajudado!

Utilizando o software Ftool no Ubuntu Lucid Lynx 10.04

O software Ftool[1] é “Um Programa Gráfico-Interativo para Ensino de Comportamento de Estruturas“.

Hoje, me pediram para ajudar na “instalação” do mesmo num notebook cujo sistema operacional é o Ubuntu Lucid Lynx (10.04).

A primeira coisa que me veio à mente foi: “Vou precisar usar o Wine ou o DosBox” para fazê-lo funcionar. Porém, ao entrar no site do programa tive uma agradabilíssima surpresa. Lá estava disponível uma versão “para Linux” para se fazer o download. Eu, enquanto estudante de engenharia, sei o quão difícil é encontrar, na área técnica, pessoas e programas preocupados em atender a demanda de usuários de software livre. Por isso faço questão de dizer quando encontrar algum bom exemplo.

Infelizmente este software não é um Software Livre, seu código fonte não está disponibilizado, mas já é um grande avanço ele oferecer algum tipo de suporte para usuários de sistemas operacionais livres. Será muito bom se ele veier a ser liberado sob uma licença livre em algum momento, para que a comunidade possa contribuir para o desenvolvimento desta ferramenta e de muitas outras. Seria, inclusive, boa, do ponto de vista didático, a possibilidade de estudantes de engenharia participarem deste desenvolvimento.

Voltando à questão inicial, da “instalação” do programa.

A instalação

No site há disponibilizado para download os arquivos “ftool212linux24g3.tgz” e “ftool212linux26g4.tgz“. A diferença entre eles é que o primeiro foi compilado para o kernel 2.4 e gcc3, enquanto o segundo foi compilado para kernel 2.6 e gcc4.

Seguindo a sugestão do comentário do Leonardo Goliatt, o processo para instalar (num sistema 64 bits) fica assim:

cd /tmp
sudo aptitude install libmotif3
mkdir -p ftool212linux26g4
cd ftool212linux26g4
wget -c http://www.tecgraf.puc-rio.br/ftp_pub/lfm/ftool212linux26g4.tgz
tar -zxvf ftool212linux26g4.tgz
sudo cp Ftool /usr/local/bin/
sudo ln -s /usr/local/bin/Ftool /usr/local/bin/ftool
sudo wget -c http://mirror.pnl.gov/ubuntu//pool/multiverse/o/openmotif/libmotif3_2.2.3-2_amd64.deb
sudo dpkg -x libmotif3_2.2.3-2_i386.deb /tmp
sudo cp /tmp/usr/lib/libXm.so.3 /usr/lib32/
cd -
ftool

Caso você queira instalar num sistema operacional 32bits basta mudar a linha

sudo wget -c http://mirror.pnl.gov/ubuntu//pool/multiverse/o/openmotif/libmotif3_2.2.3-2_amd64.deb

por

sudo wget -c http://mirror.pnl.gov/ubuntu//pool/multiverse/o/openmotif/libmotif3_2.2.3-2_i386.deb

O primeiro erro que encontrei foi que a versão que estava tentando ser rodada era a para kernel 2.4 e gcc3, enquanto o sistema operacional possui o kernel 2.6 e gcc4.

Assim, a primeira coisa que fiz foi baixar a versão correta. Ao descompactar o arquivo tgz encontrarmos um executável. Tentei executá-lo pela interface gráfica mas não obtive sucesso. Em seguida tentar pelo terminal (fui até a pasta aonde o arquivo executável estava e digitei [code] $ ./ftool [/code]), mas também não obtive sucesso. Porém tive uma mensagem de retorno de erro:
error while loading shared libraries: libXm.so.3: cannot open shared object file: No such file or directory“.

Procurei a tal da biblioteca “libxm” no repositório do ubuntu
[code] $ aptitude search libxm [/code]
mas não encontrei nada que pudesse realmente me ajudar.
Fui então ao site do programa ver se havia alguma referência, e reparei que o programa utiliza a biblioteca “OSF Motif”. Entrei no site da biblioteca[2], fiz o download do instalador “.deb” para ubuntu lucid lynx 32bits e instalei-a. Porém o programa continuou não funcionando, acusando o mesmo erro de antes.

Parti então para a busca na internet.
Já no primeiro link[3] encontrei a sugestão de instalar a biblioteca libmotif3 presente no repositório oficial do sistema operacional.
Ao tentar instalar tal biblioteca ([code] $ sudo aptitude install libmotif3 [/code]) fui alertado que a “openmotif” seria desinstalada. Aceitei o procedimento e segui à frente.

Com isso consegui fazer funcionar o Ftool até agora perfeitamente, ainda não apresentou nenhum erro ou problema.

Portanto, para os que desejam utilizar o Ftool no ubuntu (10.04), o procedimento, só pela interface gráfica, é:

1) Faça o download da versão para kernel linux 2.6 e gcc 4: http://www.tecgraf.puc-rio.br/ftp_pub/lfm/ftool212linux26g4.tgz
2) Descompacte o arquivo numa pasta de sua preferência (Clique com o botão direito do mouse e clique em extrair).
3) Agora vá ao menu APLICATIVOS > CENTRAL DE PROGRAMAS UBUNTU e busque por libmotif3 e instale o resultado da pesquisa.

Pronto, agora seu Ftool já deve estar funcionando! =)

Espero ter contribuido, e me coloco à disposição para dirimir quaisquer possíveis futuras dúvidas e dificuldades!

[1] https://web.tecgraf.puc-rio.br/ftool/#download
[2] http://www.openmotif.org/
[3] http://ubuntuforums.org/showthread.php?t=39556

[Update]
O desenvolvedor do Ftool, Luiz Fernando Martha, colocou este post como referência no site do Ftool, agradeço pelo prestígio!